A ECO-92 faz 30 anos. A Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento trouxe para o debate as formas de desenvolvimento sustentável, que era um conceito relativamente novo à época no Brasil. É inegável que a semente plantada gerou frutos e colocou o meio ambiente na pauta das decisões para a qual já temos enormes demandas – e emergências - para garantir o futuro do planeta. O momento é de analisar quais foram os avanços nessas três décadas e definir as ações urgentes para a preservação do meio ambiente. Qual o legado da ECO-92?
A ECO-92 gerou boas ideias e novos horizontes que mostram que quanto mais transformarmos o comportamento das pessoas em relação ao meio ambiente, mais avançaremos na sua preservação. A questão é: como cada um de nós pode minimizar o impacto das nossas atividades sobre o meio ambiente? Uma das estratégias é incorporarmos na cultura organizacional a conscientização sobre a preservação ambiental.
Muitas ações devem ser adotadas nas empresas como coleta seletiva, reciclagem de lixo, tratamento e descarte correto dos efluentes e esgoto, economia de água e recuperação de áreas degradadas. Assim, além de estabelecer cuidados com a natureza, estimulamos a conscientização dos colaboradores para que reproduzam esse comportamento fora do trabalho.
A ECO-92 é a fonte, na prática, dos conceitos de ESG (Environmental, Social and Governance). Como resultado desse movimento, temos observado o desenvolvimento nas empresas de uma cultura de respeito ao ser humano na qual promovemos a integração completa ao ambiente de trabalho, incentivamos a diversidade, e adotamos ações de proteção ao meio ambiente.
Hoje, também, reforçamos o nosso compromisso de contribuir para atingirmos a meta de universalização do saneamento básico até 2033 garantindo que todos os brasileiros tenham qualidade de vida e dignidade. Acreditamos que negócios sustentáveis só existem em um mundo de respeito à vida e ao meio ambiente.
Estela Testa - Presidente do SINDESAM e Vice-Presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ